Questão 1 Que informações apresentadas no texto são consideradas novas pelo grupo? A equipe do GDP julga-as importantes para o projeto?Justifiquem.
Acredito que uma das várias questões levantadas pelo texto, importante para a discussão do grupo, é a forma como a escola tem lidado com a literatura, oscilando entre a sua canonização e vulgarização. Canonizando-a, muitas vezes corrobora determinados conceitos de literatura e de cultura bastante duvidosos: seja pela dificuldade de identificar o que seja a literariedade, seja pelo pressuposto que sustenta essa idéia, de que há uma cultura elitista – supostamente melhor – do que outras formas de expressão literária. Já a vulgarização do texto literário, o texto nos faz pensar que se dá por se igualar todas as expressões, desde a letra do hip hop até a obra machadiana, para cumprir um discurso politicamente correto mas pouco fundamentado que que de respeito à diversidade. Nesse procedimento deixa-se, muitas vezes, de considerar que a realidade pode ser experimentada de diversas formas e que, nestes exemplos mesmo, há que se considerar que não se trata da mesma forma de apreensão da realidade que devem ser compreendidas distintamente, ainda que não de modo hierárquico.
Acredito que uma das várias questões levantadas pelo texto, importante para a discussão do grupo, é a forma como a escola tem lidado com a literatura, oscilando entre a sua canonização e vulgarização. Canonizando-a, muitas vezes corrobora determinados conceitos de literatura e de cultura bastante duvidosos: seja pela dificuldade de identificar o que seja a literariedade, seja pelo pressuposto que sustenta essa idéia, de que há uma cultura elitista – supostamente melhor – do que outras formas de expressão literária. Já a vulgarização do texto literário, o texto nos faz pensar que se dá por se igualar todas as expressões, desde a letra do hip hop até a obra machadiana, para cumprir um discurso politicamente correto mas pouco fundamentado que que de respeito à diversidade. Nesse procedimento deixa-se, muitas vezes, de considerar que a realidade pode ser experimentada de diversas formas e que, nestes exemplos mesmo, há que se considerar que não se trata da mesma forma de apreensão da realidade que devem ser compreendidas distintamente, ainda que não de modo hierárquico.
A própria canonização do texto pode fomentar a sua vulgarização. Ao ser considerado obra prima que poucos poderiam compreender, o caminho para se "popularizar" ou "enfiar goela abaixo" esses textos canônicos é feito através de resumos, resenhas, do livro didático que, apoiado em determinado conceito de história literária muitas vezes se propõe a compreender o texto pelo contexto.
E aqui já considero outro ponto importante do texto, para a reflexão do grupo: a questão específica do livro didático. O GDP Educavida já vem questionando o status que o livro didático vem ganhando na escola pública. Não apenas porque o que deveria ser um apoio pedagógico se torna um senhor do currículo – discussão já bastante avançada – mas também e principalmente, o grupo vem questionando as políticas públicas de financiamento do livro didático. O montante investido em livros didáticos que de algum modo “vulgarizam” o contato com a linguagem literária, é muitas vezes maior do que o investimento no acesso ás obras, digamos “originais”. Assim, o livro didático que deveria levar à autonomia do aluno, para ter acesso à produção literária, muitas vezes parece fazer efeito contrário e se torna o principal mediador entre o leitor e o texto, quando não seu substitutivo: sua mediação não se dá apenas na seleção (que deveria se do professor, do leitor...) mas também na interpretação. Nesse sentido, contraria tanto a idéia de obra aberta a diversas interpretações como pode instituir uma única forma de interpretação fundamentada em interesses que, ainda que não sejam questionáveis, devem ser questionados.
No que se refere à relação entre o espaço e o tempo, também discutidas pelos autores, acredito que o projeto 2009 do GDP Educavida merece ser melhor discutido: na própria idéia de produção de um jornal eletrônico está colocada a questão dos lugares de produção e de leitura que serão redimensionados e ampliados.
E aqui já considero outro ponto importante do texto, para a reflexão do grupo: a questão específica do livro didático. O GDP Educavida já vem questionando o status que o livro didático vem ganhando na escola pública. Não apenas porque o que deveria ser um apoio pedagógico se torna um senhor do currículo – discussão já bastante avançada – mas também e principalmente, o grupo vem questionando as políticas públicas de financiamento do livro didático. O montante investido em livros didáticos que de algum modo “vulgarizam” o contato com a linguagem literária, é muitas vezes maior do que o investimento no acesso ás obras, digamos “originais”. Assim, o livro didático que deveria levar à autonomia do aluno, para ter acesso à produção literária, muitas vezes parece fazer efeito contrário e se torna o principal mediador entre o leitor e o texto, quando não seu substitutivo: sua mediação não se dá apenas na seleção (que deveria se do professor, do leitor...) mas também na interpretação. Nesse sentido, contraria tanto a idéia de obra aberta a diversas interpretações como pode instituir uma única forma de interpretação fundamentada em interesses que, ainda que não sejam questionáveis, devem ser questionados.
No que se refere à relação entre o espaço e o tempo, também discutidas pelos autores, acredito que o projeto 2009 do GDP Educavida merece ser melhor discutido: na própria idéia de produção de um jornal eletrônico está colocada a questão dos lugares de produção e de leitura que serão redimensionados e ampliados.