sexta-feira, 29 de maio de 2009

Questão 1: discussão...

Questão 1 Que informações apresentadas no texto são consideradas novas pelo grupo? A equipe do GDP julga-as importantes para o projeto?Justifiquem.

Acredito que uma das várias questões levantadas pelo texto, importante para a discussão do grupo, é a forma como a escola tem lidado com a literatura, oscilando entre a sua canonização e vulgarização. Canonizando-a, muitas vezes corrobora determinados conceitos de literatura e de cultura bastante duvidosos: seja pela dificuldade de identificar o que seja a literariedade, seja pelo pressuposto que sustenta essa idéia, de que há uma cultura elitista – supostamente melhor – do que outras formas de expressão literária. Já a vulgarização do texto literário, o texto nos faz pensar que se dá por se igualar todas as expressões, desde a letra do hip hop até a obra machadiana, para cumprir um discurso politicamente correto mas pouco fundamentado que que de respeito à diversidade. Nesse procedimento deixa-se, muitas vezes, de considerar que a realidade pode ser experimentada de diversas formas e que, nestes exemplos mesmo, há que se considerar que não se trata da mesma forma de apreensão da realidade que devem ser compreendidas distintamente, ainda que não de modo hierárquico.
A própria canonização do texto pode fomentar a sua vulgarização. Ao ser considerado obra prima que poucos poderiam compreender, o caminho para se "popularizar" ou "enfiar goela abaixo" esses textos canônicos é feito através de resumos, resenhas, do livro didático que, apoiado em determinado conceito de história literária muitas vezes se propõe a compreender o texto pelo contexto.
E aqui já considero outro ponto importante do texto, para a reflexão do grupo: a questão específica do livro didático. O GDP Educavida já vem questionando o status que o livro didático vem ganhando na escola pública. Não apenas porque o que deveria ser um apoio pedagógico se torna um senhor do currículo – discussão já bastante avançada – mas também e principalmente, o grupo vem questionando as políticas públicas de financiamento do livro didático. O montante investido em livros didáticos que de algum modo “vulgarizam” o contato com a linguagem literária, é muitas vezes maior do que o investimento no acesso ás obras, digamos “originais”. Assim, o livro didático que deveria levar à autonomia do aluno, para ter acesso à produção literária, muitas vezes parece fazer efeito contrário e se torna o principal mediador entre o leitor e o texto, quando não seu substitutivo: sua mediação não se dá apenas na seleção (que deveria se do professor, do leitor...) mas também na interpretação. Nesse sentido, contraria tanto a idéia de obra aberta a diversas interpretações como pode instituir uma única forma de interpretação fundamentada em interesses que, ainda que não sejam questionáveis, devem ser questionados.
No que se refere à relação entre o espaço e o tempo, também discutidas pelos autores, acredito que o projeto 2009 do GDP Educavida merece ser melhor discutido: na própria idéia de produção de um jornal eletrônico está colocada a questão dos lugares de produção e de leitura que serão redimensionados e ampliados.

domingo, 10 de maio de 2009

Sócrates segundo Quino

E não se esqueça de votar nas charges dos alunos que estão concorrendo ao título de melhor charge! A escolhida será publicada no jornal Notícias da Hora. Participe, vote, faça seu comentário.

O comentário mais criativo, analisando e interpretando a charge escolhida, também poderá ser publicado no jornal. Participe!